As alunas convidaram o mentor do projeto, Ricardo Rebello, para ministrar uma palestra na faculdade, voltada aos estudantes da área da saúde. Durante sua apresentação, o palestrante abordou dados concretos sobre o tema, destacando a Lei nº 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão, e o Decreto nº 5.626/2005, que regulamenta essa lei e trata da obrigatoriedade do ensino de Libras em cursos de formação de profissionais da saúde e da educação. Além disso, ele esclareceu a diferença entre os termos "surdo" — utilizado culturalmente para referir-se a membros da comunidade surda — e "deficiente auditivo", que é o termo técnico adotado na área da saúde.

O palestrante abordou as dificuldades enfrentadas por pessoas surdas ao buscarem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), destacando que a ausência de comunicação eficaz pode resultar em diagnósticos equivocados e tratamentos inadequados. Durante a palestra, foram ensinados sinais básicos em Libras voltados ao atendimento de pacientes surdos, promovendo uma maior conscientização entre os presentes. A apresentação foi concluída com a sugestão de estratégias práticas que podem ser aplicadas nas UBSs para melhor acolhimento da comunidade surda, como a utilização de cartazes informativos em Libras, formação de grupos educativos acessíveis e a presença de intérpretes ou mediadores comunitários.